filosofada sobre i.a. e futuro do trabalho em times de produto
é difícil prever com precisão mudanças acontecendo no futuro, até pq elas não vão apenas em uma direção. porém, é possível avistar potenciais padrões.
vi o trecho abaixo em uma das newsletter do lenny com o título de "microsoft cpo: if you aren’t prototyping with ai you’re doing it wrong":
🗨 "pms evolve to “tastemakers” and editors: as ai floods the world with ideas and prototypes, the pm role shifts away from process management (which ai can handle) and toward editorial judgment and tastemaking. the ability to curate, refine, and guide toward a coherent, valuable product becomes paramount. influence must be earned through strong judgment, not just title."
o trecho menciona product managers, porém vejo a mesma possibilidade disso acontecer para outras posições e profissões.
em um processo de produto, product managers, product designers e devs poderão tender a ser mais como planejadores-orquestradores-editores.
não é uma verdade sendo garantida. nem previsão mágica. estou apenas explorando possibilidades com base no que já podemos observar de influência e potencial da inteligência artificial.
uma pessoa em uma dessas posições de time de produto se mostrará necessária conforme mostrar a importância de seu julgamento apurado no processo.
planejarão o que fazer. orquestrarão a execução. editarão-refinarão o resultado.
essas atividades são de extrema importância. e humanos podem fazer diferença nessas tarefas, por enquanto.
se pensarmos apenas sobre edição, já é muito trabalho.
casey neistat (youtuber pioneiro que elevou a arte da edição de vídeo para milhões de pessoas) comenta sobre a atividade de edição de vídeo em um de seus cursos, mas essa dica serve para edição em outros contextos:
🗨 “a edição é a parte difícil. quando alguém me diz: eu gravei um ótimo filme, eu apenas não editei ainda. minha resposta é: você não tem nada. você não tem nada até a edição.
onde estamos agora [ter filmado cenas] é que fomos ao supermercado, escolhemos todos os nossos ingredientes favoritos e voltamos para casa na cozinha. apenas ter esses ingredientes, apenas ter todas as nossas cenas da nossa filmagem não significa que temos um filme.
[…] o que isso [edição] significa para mim não é a parte técnica. não é conhecer o software. não é conhecer os efeitos e os filtros. quando penso em editar, editar para mim é a escrita.”
— traduzido informalmente do inglês para português em uma das falas do curso filmmaking & storytelling with casey neistat no tópico editing: establishing story & tone (59:05).
🏮em minha percepção, mesmo quando a i.a. já fizer boa parte do trabalho como um todo, talvez até mesmo planejamento-orquestramento-edição, todas essas atividades — incluindo também execução — poderão persistir para humanos como um artesanato pessoal, um espaço onde nosso discernimento e particularidades poderão ser aplicados por prazer, como passatempo e buscando criar significado para nós mesmos e outros.
você já conheceu o projeto ops.timeproduto.com.br? por ali estou estruturando possibilidades sobre presente-futuro em times de produto.
desde papéis-responsabilidades, trilha de progressão e processo de produto.
menciono cada etapa potencial no processo, e como utilizar i.a. para contribuir com o trabalho em times de produto.